José Guedes – Entrelinhas alla Von Zeidler Art Gallery di Berlino

 

Linha, espaço, cor, sempre foram elementos recorrentes na obra de José Guedes desde o início de sua trajetória de mais de 40 anos. Apesar de breve flerte com a figuração hiper-realista no final dos anos 70, e de algumas incursões multimidiáticas depois dos anos 80, a arte de Guedes sempre tendeu para uma abstração de sensível geometria.

Hoje, pode-se dizer que a produção de José Guedes é abstrata. São composições de linhas perfeitamente equilibradas e ritmadas, algumas com texturas, outras não, com colorido que surpreende e conduz o olhar do observador por caminhos que não se sabe onde vai chegar. Levam quem aprecia suas obras por espaços que parecem impossíveis de atingir, despertando sentimentos que dizem algo de fatos profundos que não podem ser encontrados ou percebidos na superfície aparente das coisas.

Nesse caminhar se pode perceber uma busca constante pela depuração, pela síntese, que já estava bem formatada na série “Fendas”, cuja sensação de tridimencionalidade se dava através da vibração do pigmento azul e se consolidava num jogo de relações aparentemente monocromática de rara e delicada complexidade. O certo é que Guedes, superando o prazer sensorial da beleza das cores e engenhosidade de linhas e espaços, faz pensar, e, principalmente, faz sentir emoções carregadas de consciência, mesmo sem que elas representem algo do mundo real. (Roberto Galvão)

segue testo in Italiano

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